Operações de rede (NetOps) como parte da gestão moderna de TI

O que são operações de rede?

Toda a empresa depende de uma rede de TI para gerar receita, mas e se a rede não precisasse de intervenção manual para executar suas funções? Essa ideia parece interessante, e é exatamente isso que a automação de rede oferece. Operações de rede, também conhecidas como NetOps 1.0, é um termo que abrange os métodos tradicionais de gerenciamento de rede, que não contavam com a vantagem da automação. Esse modo de operação, no entanto, era o mais viável quando a prioridade era apenas manter o hardware local com o mínimo de tempo de inatividade.

Como o NetOps 1.0 se saiu?

O NetOps 1.0 dependia totalmente de scripts CLI para executar e implementar tarefas de rede. O CLI (Command Line Interface) é uma interface puramente baseada em texto, usada para modificar configurações de rede e extrair informações dos dispositivos e interfaces da rede. Os scripts CLI eram comumente armazenados como arquivos CSV e utilizados para solucionar problemas de rede inserindo comandos no CLI, que interagia com o shell do sistema. Esse processo era tedioso e manual, tornando o gerenciamento de rede altamente reativo e aumentando a complexidade das redes baseadas em hardware. A necessidade de um novo modelo de gerenciamento de rede surgiu quando o foco mudou da tecnologia empregada para a necessidade de um modelo de negócios ágil. Isso exigiu uma mudança na forma como as equipes de operações de TI e desenvolvimento interagiam para implementar aplicações. A integração do DevOps com NetOps 1.0 levou ao surgimento do modelo atual, que é amplamente adotado pelos departamentos de TI em todo o mundo.

NetOps 2.0

Atualmente, as operações de rede giram em torno do NetOps 2.0, que visa eliminar todas as causas raiz das falhas de rede e busca trazer automação e agilidade para as operações de rede, alinhando-se aos princípios fundamentais do DevOps. Com a combinação de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML), tornou-se possível agrupar processos repetitivos de monitoramento de rede. Os dados coletados desses processos automatizados são utilizados para tornar todo o ciclo do NetOps orientado por dados. Há uma forte relação entre DevOps e NetOps, pois ambas as práticas compartilham os conceitos de observabilidade e automação. As redes híbridas modernas e distribuídas são muito mais complexas do que as redes tradicionais. O NetOps exige ferramentas avançadas de monitoramento de rede que possam fornecer visibilidade profunda sobre o status da rede e antecipar possíveis problemas antes que afetem o desempenho da infraestrutura.

Problemas que podem afetar a rede

  • Utilização anormalmente alta de memória: Redes distribuídas consistem em vários dispositivos e, a menos que todos os dispositivos estejam em um estado perfeito, a rede não pode operar de forma ideal. Bugs podem esgotar a memória disponível em um dispositivo e fazê-lo reiniciar, causando a interrupção dos serviços de dispositivos e aplicações dependentes. A mesma situação pode ocorrer quando um grande fluxo de pacotes de dados passa por uma interface lenta, fazendo com que os pacotes se acumulem em fila e consumam a preciosa memória da CPU.
  • Congestionamento de tráfego na internet: Malware pode se infiltrar em uma rede e paralisá-la ao inundá-la com mensagens de spam. Isso consome os recursos do servidor, levando à superutilização e ao congestionamento do tráfego na internet.
  • Oscilação de rota (Route flapping): Isso pode ser causado por erros de hardware ou configuração dentro da rede, fazendo com que o roteador alterne entre declarar a disponibilidade de um destino de rede como ativo ou inativo. Isso degrada o desempenho das aplicações em execução na rede, pois os pacotes de dados podem seguir caminhos inadequados para alcançar seu destino, podendo até resultar na perda dos pacotes.
  • Má qualidade de VoIP: Instabilidade, latência e perda de pacotes na rede, causados pelo uso excessivo de largura de banda, podem ser prejudiciais à qualidade das chamadas de voz realizadas pela rede.
  • Conjuntos de regras de firewall inadequados: As regras de firewall devem ser modificadas regularmente, pois múltiplos conjuntos de regras dentro do firewall podem entrar em conflito com as políticas de filtragem de tráfego da organização.
  • Falha na atualização de alterações de configuração: As organizações empresariais devem aderir rigorosamente aos SLAs, que são a consolidação de várias definições técnicas com quantificadores específicos associados a cada definição. Qualquer alteração nos SLAs precisa ser atualizada imediatamente; caso contrário, as regras de conformidade serão violadas, sobrecarregando a organização com responsabilidades financeiras.
  • Incompatibilidade de duplex: Duplex é o nome dado a um sistema de comunicação entre dois pontos, onde ambos podem atuar tanto como origem quanto como destino. Os sistemas duplex são classificados em semi-duplex e totalmente duplex. Se os modos de duplex dos dois dispositivos conectados forem diferentes, ocorre uma incompatibilidade de duplex, resultando em um link de comunicação ineficiente.

O que esperar de uma estratégia eficaz de NetOps

O NetOps 2.0 é categoricamente adequado para redes que pretendem ser ágeis, escaláveis e programáveis. Esses três valores fundamentais da rede se unem na forma do NetOps 2.0, que facilita a virtualização, a automação, integrações perfeitas via API e a implementação e monitoramento simultâneos das operações de segurança, capazes de identificar e eliminar ameaças que possam invadir a rede e afetar suas operações. O afastamento da natureza rígida e estática do monitoramento tradicional de redes foi impulsionado por esta solução e, nesse processo, enfatizou o monitoramento proativo e a oferta de alta visibilidade em ambientes dinâmicos. Os principais benefícios são:

  • Máxima utilização dos recursos da rede: Quando todos os dispositivos e interfaces de uma rede são monitorados de forma eficiente, é possível prever possíveis falhas que possam afetar a rede e tomar medidas automaticamente para evitá-las, garantindo, assim, um tempo de atividade saudável da rede.
  • Agilidade: Assim como no ciclo DevOps, no qual o desenvolvimento e a implementação são acelerados, o NetOps aumenta a velocidade com que atualizações e correções são implementadas na rede, contando com o apoio da análise de dados.
  • Resiliência: Métricas-chave de resiliência são identificadas antecipadamente e aplicadas aos serviços que precisam ser protegidos caso ocorra uma falha (por exemplo, erros de configuração de segurança durante a solução de problemas da rede).

OpManager Plus: Uma ferramenta habilitada para observabilidade que se alinha com o NetOps 2.0

O OpManager Plus permite obter uma visibilidade profunda da sua rede por meio de uma ampla gama de recursos que eliminam processos manuais e redundantes. Ele é uma solução prática de observabilidade que permite:

  • Monitorar o uso da largura de banda da sua rede e obter relatórios sobre quais aplicações estão consumindo mais recursos para evitar que aplicações essenciais em sua rede sejam interrompidas. Saiba mais
  • Monitorar pacotes de dados. Esses pacotes seguem caminhos na rede com base nos resultados gerados pelo algoritmo de menor caminho, utilizado pelo protocolo Open Shortest Path First (OSPF). Identifique canais interrompidos entre a origem e o destino para evitar perda de dados com a análise de caminhos da rede. Saiba mais
  • Medir a qualidade do VoIP analisando a perda de pacotes, instabilidade e latência na rede, garantindo que a qualidade de serviço (QoS) para aplicações empresariais críticas não seja comprometida a longo prazo. Saiba mais
  • Avaliar periodicamente as regras do seu firewall para garantir a conformidade com as políticas e evitar o bloqueio de tráfego legítimo. Saiba mais
  • Configurar dispositivos e interfaces como um passo inicial para todas as atividades de monitoramento. O monitoramento de configurações é essencial para garantir que todas as configurações salvas estejam em conformidade com as políticas da organização. Saiba mais
  • Detectar dispositivos de ponto de acesso não autorizados. Todos os dispositivos de ponto de acesso não autorizados na rede serão listados no OpManager Plus, e o administrador poderá atribuir um papel a cada dispositivo de acordo com seu status. O administrador também decide se o dispositivo será movido para a lista de dispositivos monitorados ou não. Saiba mais

Ajude-nos a te atender!

Entre em contato com nossa equipe de suporte para conhecer em primeira mão os recursos que podem melhorar a observabilidade da sua rede.

Mais sobre o OpManager Plus